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Vigilante ameaça ex-mulher e faz ofensas racistas contra atual marido: “você nunca terá uma filha de olhos azuis”

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Afastado da filha por histórico de violência doméstica, um vigilante de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, passou a fazer ameaças contra a ex-mulher e o atual marido dela. De acordo com a denúncia, nesta segunda-feira (4), os crimes teriam começado em dezembro de 2021, mas até o momento nada foi feito. Dentre os áudios enviados para a ex, o vigilante fez ofensas racistas contra o atual marido dela.

Vítima mostra agressões sofridas pelo ex

Cansada de esperar resposta das autoridades, a vítima procurou apoio jurídico. Para o advogado Igor José Ogar, é importante movimentar o aparato estatal para que algo seja feito.

“É uma situação que nos preocupa muito e acreditamos que a Polícia Civil e o Ministério Público do Paraná (MP-PR) irão fazer algo. O primeiro boletim de ocorrência é de dezembro do ano passado e até agora não temos nenhuma medida efetiva para protegê-la”, critica.

A vítima conta que manteve um relacionamento de dez meses com o agressor. Do tempo em que estiveram juntos, os dois tiveram uma filha, hoje com 1 ano.

Com o fim do término, as ameaças de morte se tornaram constantes. Em um dos áudios, ele ameaça pelo menos quatro pessoas. “Eu quero ir preso, para voltar e te pegar”, diz.

Injúria racial
Por mais de uma vez, o vigilante chama o atual marido da vítima de “macaco”. Outras ofensas raciais também são feitas.

“Vai seu preto, você nunca vai ter uma filha de olho azul, seu preto”, afirma aos gritos.

Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), o crime de injúria racial pode ser equiparado ao crime de racismo. Desta forma, com base na Constituição Federal, “a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.”

Ogar cita que a denúncia no caso independe de representação da vítima, mas o casal pretende colaborar. “A vítima quer denunciar, quer representar, mas não tem nenhuma proteção. São ofensas reais, ela conhece a pessoa e precisa que algo seja feito”, concluiu.

Fonte: Banda B

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