Search
Close this search box.

Tornado no Nordeste? Entenda o fenômeno raro no interior no estado de Alagoas

Compartilhar

Um enorme tornado assustou os moradores da pequena cidade de Estrela de Alagoas, no agreste alagoano, na tarde desta quinta-feira (22). A passagem da coluna de vento giratória destelhou casas na zona rural.

Mas não foram apenas os moradores de Estrela de Alagoas que ficaram assustados, os meteorologistas também ficaram surpresos com as imagens que circularam pelas mídias sociais. Por ser um evento raro, embora já visto em outras regiões como o Sul e Sudeste, mas não no Nordeste, a intensidade do fenômeno, percebida visualmente pela largura da coluna de poeira levantada pelo vento, chamou a atenção de todos.

Este foi raro evento de atividade tornádica no Nordeste. Pelas imagens do funil e dos estragos, possivelmente foi um tornado F1, na escala Fujita, que teria a velocidade entre 117 km/h e 180 km/h, ou um F0, com ventos entre 105 km/h e 137 km/h, na escala Fujita melhorada, que desde 2007 é usada oficialmente nos estados.

Tempo muito instável

A nuvem muito carregada que se formou no interior de Alagoas foi resultante de grande disponibilidade de calor, umidade e também da circulação ciclônica de ventos provocados por grande vórtice ciclônico em altos níveis da atmosfera (em torno de 10 km de altitude) que vem atuando esta semana sobre o oceano, na costa leste do Nordeste.

As áreas mais afetadas do centro do vórtice, que está no mar, são as que ficam com tempo instável, com nuvens carregadas que provocam temporais. A imagem de satélite mostra o aglomerado de nuvens cumulonimbus (manchas brancas) no interior de Alagoas, que gerou o tornado em Estrela de Alagoas.

O que é um tornado?

O tornado é uma nuvem em forma de funil que toca o solo e cujos ventos giratórios podem alcançar 110 km/h a 500 km/h. Essa intensidade dos ventos é medida por uma escala chamada Fujita (ou Fujita-Person Tornado Intensity Scale), que vai de 0 a 5.

Este fenômeno é considerado o mais devastador, por possui um pequeno diâmetro e dura pouco, de minutos a meia hora, causando consequentemente danos por onde passa, ele se forma, geralmente, em uma nuvem de tempestade chamada de super célula, que surge a partir do encontro de uma massa de ar frio e seca com outra massa de ar quente e úmida.

Quando essas massas apresentam ventos com direções opostas começa a ocorrer um torque ou um giro que vai até o solo, ou seja, uma nuvem em forma de funil consegue atingir o chão, conforme já citado anteriormente.

A estação da primavera, é propicia para que fenômenos como esses aconteça, inclusive nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e até em áreas do Amazonas.

FONTE: INMET

Ultimas notícias
810033418147421486