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Polícia do Paraná descarta motivação política na morte do guarda municipal

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A Polícia Civil do Paraná descartou, nesta sexta (15), motivação política no assassinato do guarda municipal e militante petista Marcelo Arruda no último domingo (10).

O agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho, acusado pelo crime, foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe e por causar perigo comum.

De acordo com a delegada chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Camila Cecconello, “Guaranho não foi lá [na festa de aniversário] para fazer ronda. Ele foi no intuito de provocar a vítima. Nesse primeiro momento fica muito claro que houve uma provocação por motivos políticos. Agora, quando ele volta para casa e resolve retornar à festa, não há provas que indiquem que ele voltou porque queria cometer um crime de ódio contra uma pessoa ou pessoas de outro partido político que não o dele”.

Segundo Cecconello, Guaranho soube da festa através de uma testemunha. “Ele [Guaranho] tinha o hábito de diariamente checar as câmeras por ter um cargo ali no clube. Essa pessoa era um funcionário do local onde a festa do petista acontecia”.

A delegada afirmou ainda que não há indícios de que Guaranho e Arruda se conheciam.

“Segundo depoimento das testemunhas, ambos haviam ingerido álcool, mas a vítima não estava em estado de embriaguez. Já com relação ao Guaranho, algumas testemunhas afirmam que ele estava bem alterado, apresentando sinais de embriaguez. Ainda não temos o laudo do hospital relatando o teor alcoólico recente”, completou.

Investigação demonstrará motivação política, dizem advogados de Marcelo Arruda

Os representantes da família de Marcelo Arruda teceram críticas à investigação e disseram que, “por certo, a necessária continuidade das investigações demonstrará a nossa convicção quanto as motivações políticas do assassinato”.

Os advogados ainda afirmaram que não tiveram acesso oficial ao relatório da conclusão da investigação, tendo descoberto que a motivação política foi descartada através de notícias veiculadas na imprensa.

“O relatório apresentado é recheado de contradições e imprecisões que demonstram a deficiente formação do mesmo”, afirma a nota.

Eles ainda questionam a intenção do agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho, acusado pelo crime.

“Como o autor do fato vai até a festa de Marcelo, evidenciado o conteúdo político do evento, senão para impedi-lo ou frustrá-lo? Faria o mesmo se fosse um aniversário sem conteúdo político decorativo?”, disseram os representantes da família de Arruda.

Os advogados argumentam que “os fatos e imagens” já divulgados “evidenciam a prática de homicídio qualificado motivado por ódio em face de razões políticas”.

“A desconsideração dos requerimentos dos familiares, a negativa de procedimentos operacionais com vistas a cumprir o exarado no Parecer do MP, bem como o atropelo injustificado (faltando ainda 4 dias para o derradeiro prazo de conclusão) tornam insuficientes e duvidosos os resultados apresentados, observando-se ainda, que sequer perícia sobre os bens apreendidos foi concluída”, pontua a nota.

“Os familiares de Marcelo Arruda, ainda esperam que se faça Justiça, clara, limpa, transparente e saudável como a boa água!”, concluem os advogados.

Fonte: CNN Brasil

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