A Polícia Civil prendeu preventivamente, na última quarta (24), um pastor evangélico de 40 anos, suspeito de estuprar as quatro filhas, e engravidar uma delas, em Portão, no Rio Grande Sul. As vítimas têm entre 12 e 17 anos. A prisão foi realizada após uma denúncia anônima sobre a situação das meninas ser feita ao disque-denúncia e ao Conselho Tutelar do município.
De acordo com o delegado, responsável pelo caso, ele confessou ter abusado sexualmente apenas a filha de 17 anos, que engravidou, “porque ela quis”, e negou ter abusado as outras três. “Ela queria manter relações com ele e diz ter certeza de que é pai do filho dela que, segundo ele, é seu ‘filho e neto'”, conta o delegado Marcos Mesquita.
De acordo com a Polícia Civil, a mãe das adolescentes sabia dos abusos, e nunca denunciou o marido. “Todas confirmaram os abusos, inclusive deram detalhes. A mãe confirmou que viu há três meses a filha de 12 anos chorando, foi até ela para ver o que era, e antes disso viu o marido saindo de dentro do quarto da filha”, afirma o delegado.
O delegado também pediu a prisão preventiva da mulher- mãe das vítimas, por omissão, mas o pedido foi negado pela Justiça. A Justiça só decidiu afastada ela das filhas.
O delegado disse, ainda, que a mãe das vítimas perguntou ao marido sobre os abusos e que ele teria negado a princípio, mas confessado depois. “Ela também falou que há um ano soube que ele vinha abusando da filha de 12 anos e falou que soube que o produto de um dos abusos da filha de 17 anos dela resultou em um neném”, disse Mesquita.
Todas as adolescentes, incluindo o filho da de 17 anos, que hoje tem 11 meses, receberam acolhimento institucional. Elas devem receber atendimento médico e psicológico. Elas passaram, também, por exame de corpo de delito, mas os laudos médico-periciais ainda não foram recebidos pela polícia.
Histórico de abusos
Segundo a Polícia Civil, o suspeito é acusado de abuso sexual em duas ocorrências anteriores. Uma em 2007 de ter abusado uma mulher, na cidade de Estrela (RS), e outra, registrada em 2002 em Humaitá (RS), onde ele teria abusado de uma adolescente.
