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“Não merecia ter sido usada como objeto de prazer”, diz mulher de personal ao falar pela primeira vez sobre o ocorrido

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Nesta quarta (27), Sandra Mara Fernades, de 33 anos, mulher que manteve relações sexuais com o ex-mendigo, Givaldo Alves, 48, veio a público esclarecer seu lado da história pela primeira vez após o ocorrido.

Os médicos responsáveis pelo tratamento da mulher na época afirmaram que a paciente sofre de “transtorno afetivo bipolar em fase maníaca psicótica”. Na Classificação Internacional de Doenças (CID), foi apontado o código F31.2 CID – 10 para especificar o quadro.

O documento cita exemplos de quais seriam os tais comportamentos impróprios da paciente. “Gastos excessivos, doação de seus pertences, resistência em se vestir e hiperreligiosidade”, são alguns.

O laudo médico foi escrito um dia depois da paciente chegar ao HUB, no dia 14 de março. Os atos sexuais com o morador de rua aconteceram na noite de 9 de março.

De acordo com o laudo, a mulher já apresentou síndrome depressiva reativa em 2017.

“Na avaliação clínica de hoje (5 de março), percebemos quadro de taquipsiquismo com hipervigilia, hipertimia, comprometimento da crítica e conteúdo delirante, traduzindo-se em prejuízo do discernimento, de sua autonomia e autodeterminação, motivo pelo qual se optou pelo regime de internação involuntária”, informou o profissional de saúde.

Sandra Mara em sua primeira aparição – vídeo via Instagram

Nas redes sociais, Mara disse que passou por momentos difíceis durante esse período e se sente dilacerada pelo fato.

“Hoje eu tenho ciência de tudo o que foi dito enquanto eu estava internada e sendo cuidada por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e outros profissionais. Fui vítima de chacotas, humilhações em rede nacional. Fui taxada como uma mulher com fetiches, uma traidora”, disse ela em publicação.

Em relato, Fernandes diz que se sente ofendida por ter sido tão atacada por outras mulheres que entenderam que ela merecia o pior.

“Eu sempre soube que vivemos numa sociedade desigual, mas eu não escolhi ter um surto, eu não escolhi ter sido humilhada, não escolhi ter minha vida exposta e devastada”, frisou Sandra afirmando que tinha o direito de ser defendida.

Agradeceu ao esposo por não a ter abandonado e, aos familiares que ajudaram a filha Anna Laura a passar por esta tragédia, continuou falando que está buscando na justiça seus direitos pois não merecia ser tratada como objeto de prazer durante delírios e alucinações.

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