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BA: Morre em Salvador, aos 77 anos, o escultor Tatti Moreno

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Octavio de Castro Moreno Filho, conhecido artisticamente como Tatti Moreno, morreu nesta quarta-feira (13), em Salvador. Informações iniciais são de que o escultor e artista plástico, de 77 anos, morreu na casa onde morava, na capital baiana.

Ainda não há informações sobre as causas do óbito. O velório está previsto para 11h30 de quinta-feira (14), no Cemitério Jardim da Saudade, também na capital baiana. O artista e escultor deixa viúva e três filhos.

Autor das esculturas de orixás flutuantes do Dique do Tororó, em Salvador, Tatti, que é soteropolitano, também é responsável por diversas obras ao redor do país, como as que estão no Lago Paranoá, em Brasília, e nos jardins da estação Tucuruvi, em São Paulo.

Esculturas de Jorge Amado e Zélia Gattai, no Rio Vermelho, em Salvador — Foto: André Uzêda / TV Bahia
Esculturas de Jorge Amado e Zélia Gattai, no Rio Vermelho, em Salvador

Em Salvador, uma obra conhecida do artista é a que homenageia o casal de escritores Jorge Amado e Zélia Gattai, uma escultura em bronze na Praça de Santana, no bairro do Rio Vermelho, onde os escritores moravam em Salvador. A obra celebrou o centenário de Jorge Amado e foi feita em tamanho real.

Nascido em 1945, Tatti começou na escultura aos 12 anos, fazendo bonecos de arame, cola e sucata. Ele estudou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e teve entre os mestres, o também artista Mário Cravo Júnior. A partir de então, passou a fazer composições em latão, aço inoxidável e alumínio.

Tatti Moreno — Foto: Buby Costa
Tatti Moreno

Fernando Guerreiro, Presidente Fundação Gregório de Matos, em Salvador, falou, em entrevista, que “Tatti foi uma grande referência nas artes, criou uma marca própria”. Reforçou ainda que o escultor pertence a uma geração de artistas que “revolucionou a arte na Bahia, junto com Jorge Amado, Carybé e outros artistas”.

Guerreiro lembrou que Tatti abordou a temática afro em suas obras, demonstrando a forte relação com o tema.

“Elas [obras] estão espalhadas por toda a cidade, não dá para pensar em Salvador sem Tatti e sem Carybé. Ele era uma pessoa muito divertida, alto astral, gostava de receber gente em casa. Ele era um ‘baiano da gema’, o baiano dos livros de Jorge Amado. Essencialmente baiano mesmo”, completou Guerreiro.

Nas redes sociais, o prefeito de Salvador, Bruno Reis também lamentou a perda de Tatti.

“Hoje a Bahia perdeu um dos maiores artistas plásticos da história. As Obras de Tatti Moreno estão em vários cantos do mundo e de Salvador. Dos orixás do Dique até a escultura de Jorge e Zélia no Rio Vermelho, conseguimos perceber a essência do trabalho desse grande artista”, escreveu.

Fonte: G1

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