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Agressão ao porteiro da Santa Casa: Consequência da escassez de atendimento nos postos de saúde

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Quem já precisou dos postos de saúde de Valença, Baixo Sul baiano, sabe bem do que estou falando. Do descaso, da falta de empatia e do desrespeito com a população. São respostas atravessadas, deboche e até mesmo o silêncio ao necessitar dos recursos fornecidos por eles.

Nessa matéria de opinião, deixarei explícita a minha. Como munícipe, nascida e criada em Valença, digo com propriedade: “o atendimento de alguns enfermeiros (as) e médicos (as) tem deixado a desejar há anos”.

Infelizmente, tive o desprazer de presenciar e viver situações constrangedoras nos postos de saúde. A maneira com que nos tratam chegar a ser desumano, devem lembrar que estamos ali reivindicando nossos direitos não é nenhum favor.

Em contrapartida, quero deixar claro a importância das USF, dos enfermeiros e médicos que atuam nela com amor e profissionalismo.

Recentemente, fui a USF (Unidade de Saúde da Família) do Tento com sintomas gripais que já persistiam por intermináveis três dias. Não tinha agendado consulta com a médica, me direcionei até a recepção e contei meu problema, a recepcionista logo me informou que meu caso seria repassado para triagem e lá seria decidido. Ao chegar na sala da enfermeira, que faz o procedimento, fui submetida ao teste de covid com o resultado negativo, retornei à recepção e perguntei: “agora serei atendida?”, de imediato, ela respondeu: “não, terá que agendar para outro dia”. Me revoltei, pois pelo que entendi só seria urgência se eu estivesse morrendo de febre.

Após essa negativa, fiquei chateada e conversei com a enfermeira chefe que me explicou que eu poderia esperar para ser atendida depois das 10h30min, pois era o horário que a médica atendia extras. Só obtive está informação porque fui atrás. Me peguei pensando, o porquê não foi me dada essa opção pela recepcionista?

Consegui o atendimento, a médica me chamou e, ao entrar na sala esperei que ela fosse me examinar. No momento que me sentei na cadeira, ela se sentou na outra – em frente ao computador, começou a digitar, e me perguntou a quantos dias minha garganta estava inflamada, respondi e ela passou o remédio. Fui embora estarrecida com aquilo, me perguntando durante todo o trajeto: “como é possível consultar alguém sem nem analisar o problema?” e, para piorar, ela disse se caso não houvesse melhora eu deveria continuar tomando os remédios até ficar boa.

Desta forma, as pessoas não pensam mais em passar por um posto de saúde do bairro logo se direcionam ao hospital – mesmo que a demanda não seja apta para tal. E, acaba na superlotação da Santa Casa de Misericórdia, confusões, agressões etc.

Sei que essas situações estão longe de serem casos isolados, apesar de saber que existem médicos e enfermeiros comprometidos com o trabalho, mas não podemos normalizar o sucateamento do atendimento nos postos. Não gosta do que faz? Não faça. São pessoas e necessitam de cuidados.

Nota da Santa Casa

Este é o reflexo do mal atendimento em alguns postos. Frisando que, essa matéria não é um ataque aos postos e sim um alerta para que possam rever certos erros cometidos.

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