Um adolescente de 17 anos foi apreendido em flagrante, nesta segunda-feira (17), por armazenar e vender pornografia infantojuvenil em Volta Redonda, no Sul Fluminense.

“Ficou configurado durante a investigação que ele baixava esse tipo de conteúdo contendo pornografia infantojuvenil. Foi solicitado ao juiz da Vara de Infância e Juventude de Volta Redonda o mandado de busca e apreensão, cumprido hoje na parte da manhã por policiais civis e agentes da Polícia Federal de Volta Redonda”, disse Adriano França, delegado da 18ª DP (Praça da Bandeira).

A investigação contou com agentes do Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil da Polícia Federal e do Setor de Inteligência da 18ª DP. Agentes cumpriram o mandado de busca e apreensão e pegaram celulares, pendrives, um computador e outros dispositivos com pornografia infantojuvenil.

No celular do suspeito, foram encontradas negociações dos vídeos com clientes, que pagavam entre R$ 10 e R$ 65 por milhares de arquivos, que eram enviados por links ou por mensagem. O pagamento era feito por PIX.

Entre os materiais, o menor anunciava vídeos de estupro de crianças e adolescentes, zoofilia (sexo com animais) e necrofilia (sexo com cadáveres).

“Para a nossa surpresa, [no celular], havia um farto material em vários grupos identificados, que serão investigados, comercializando os denominados ‘packs’, pacotes de vídeos e fotos de pornografia infantil”, afirma o delegado Adriano França.

Em uma das conversas, o cliente diz que quer comprar o material e pergunta: “Os de estupro são de que idade?”. O menor, então, afirma que ele poderia escolher a faixa etária.

O mesmo comprador resolve comprar 1.000 vídeos de estupro por R$ 10, mas pede: “Só não bebês, por favor”.

O adolescente divulgava ainda valores para entrar em grupos de aplicativos de mensagens. Um deles tinha 172 integrantes.

Segundo a Polícia Civil, por ser menor de idade, o suspeito foi apresentado ao Ministério Público e à Vara da Infância e Juventude, em Volta Redonda. Ainda não há informações sobre a internação do adolescente.

A perícia vai apurar se o material foi produzido pelo menor ou se ele estuprou alguma das vítimas nos arquivos encontrados. Independentemente de consentimento, é considerado estupro sexo com menores de 14 anos.

A partir da apreensão do adolescente, a investigação segue para o desmanche dos grupos citados.