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Volta do Carnaval trouxe bons lucros e recordes para a Bahia

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Quando se pensa no Carnaval de Salvador, logo se vem à mente animação, diversão e grandes atrações nos blocos e nas ruas. Para o trade turístico, que esperou o retorno da festa de Momo com grande expectativa depois de dois anos sem sua realização, a conta fechou de forma bastante positiva. De acordo com informações da Secretaria de Turismo da Bahia (Setur), foram 2,7 milhões de pessoas circulando nas zonas turísticas do Estado, que além das belezas naturais e histórico-culturais, também tiveram suas comemorações fora da capital baiana. Foram 400 mil a mais do que o índice registrado na última festa de rua, realizada em 2020, período em que 2,3 milhões vieram curtir a maior festa de rua do mundo.  Só em Salvador, cerca de um milhão de turistas vieram curtir o Carná, superando também as expectativas da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult).

E vieram de todas as formas: pelo ar, pela terra e pelo mar. Vale frisar que apenas entre a segunda de Carnaval e a Quarta de Cinzas, 17.520 viajantes de cruzeiros passaram por Salvador, desembolsando um ticket (consumo) médio de R$ 600 por pessoa. Com essas marcas, concretizou-se a premissa de ‘Natal do turismo’ atribuída à farra momesca, que ainda tem o poder de fidelizar o turista. O titular da Setur, Maurício Bacelar, está muito empolgado com o resultado das ações integradas do Governo do Estado para garantir um retorno satisfatório a todos os atores do trade. “Como planejamos, o Carnaval da Bahia deu o melhor resultado de todos os tempos para o setor do turismo, fruto da união do Governo do Estado, municípios, trade turístico, produtores e artistas. Recebemos bem os visitantes, que, com certeza, irão voltar para conhecer nossas 13 zonas turísticas”, declarou.

Hotelaria

Quem também tem muito a comemorar são os empreendedores do ramo hoteleiro, seja na capital ou no interior. Segundo projeções realizadas pela Associação Brasileira de Hoteis na Bahia (ABIH-BA), a taxa média de ocupação em Salvador foi de 95% durante o período da festa. Nos estabelecimentos perto dos circuitos oficiais, não teve pra quem quis, pois todas as vagas foram esgotadas. Mesmo sem ter ainda o balanço fechado do desempenho da rede, o presidente da entidade Luciano Lopes vê nos saguões dos hoteis o aumento de fluxo durante o Carnaval, mesmo com os aumentos nas diárias e sobretudo com o preço altíssimo das passagens aéreas (na pesquisa publicada na edição de 04/02 da Tribuna, os tickets para um viajante de São Paulo já custavam em torno de R$ 3 mil). “Os resultados foram maiores do que o registrado no Carnaval de 2020, último antes do começo da pandemia”, destacou Lopes, já vislumbrando um fluxo ainda maior de turistas incentivados pela festa de Momo.

Efeito cascata

É sempre bom lembrar que não apenas o setor hoteleiro (que tem nos dias de Carnaval nada menos do que 11,5% do faturamento do ano) ganhou com a realização da maior festa de todos os tempos. Ganharam também os bares e restaurantes do entorno e proximidades, que chegaram a ver seus faturamentos praticamente duplicando, de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes na Bahia (Abrasel-BA) Luiz Henrique do Amaral. Ainda nesse efeito cascata, o comércio baiano é beneficiado: a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-BA) projetou uma movimentação de R$ 1 bilhão, considerando os setores que possuem alguma relação com a folia, como vestuário, supermercados e combustíveis.

Fora de Salvador, outras cidades também saem com um sorriso de orelha a orelha deste retorno triunfal do Carnaval. Em Porto Seguro, destino que costuma figurar entre os mais procurados pelos turistas na Bahia e teve uma senhora festa, com atrações como o Olodum, Escandurras, Jau e Margareth Menezes, a ocupação hoteleira igualou os 95% da capital baiana. Outro local que deu e deixou foi Rio de Contas (Chapada Diamantina) que sediou cinco dias de Carnaval em alusão aos 300 anos da festa na cidade: por lá, a Secretaria Municipal de Turismo constatou que os hotéis tiveram lotação total, e houve alta procura pelas casas de veraneio para passar os dias da farra de Momo.

Fonte: Tribuna.BA

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