Na tarde dessa segunda (28) ocorreu um encontro, no Colégio João Cardoso, no município de Valença, no Baixo Sul da Bahia, a fim de esclarecer o que aconteceu durante o “jogo da discórdia” que repercutiu nas redes após um aluno ser agredido. A reunião se deu entre pais, alunos e mestres para que houvesse uma resolução do fato.
Segundo a diretora, tudo não passou de um mal-entendido da parte da garota. “Após o jogo, um aluno pediu para jogar os papéis no lixo para que a professora adiantasse a distribuição das fichas para o lanche. Segundo outro aluno, A.C pegou esses papéis e viu que em um deles estava seu nome e o adjetivo ‘corna’”, disse ela.
A.C disse ter reconhecido a letra de K.R no papel e decidiu contar para o namorado. Ele, por sua vez, ficou enviando mensagens a K.R o ameaçando e em seguida adentrou a escola com a farda da rede buscando o suposto autor do bilhete. Após o fato, o agressor pulou o muro da unidade de ensino com um colega que o auxiliou.
No planejamento do intitulado “jogo da concórdia e discórdia” apresentado ao Livre, os alunos podiam citar uma característica positiva e outra negativa sobre o colega sem precisar de assinatura.
Diretora justifica
“O nome do jogo era da discórdia e da concórdia, e a professora Rita não tinha a intenção de provocar essa confusão. Ela está muito abalada com tudo isso”, frisou Creny.
“O namorado de A.C vestiu a camisa da rede de ensino estadual para ter acesso e tirar satisfações com o garoto”, disse ela que entendeu não ter existido consumação da agressão física.
O Livre teve acesso as regras do jogo, mas o documento não foi entregue ao jornalista Wellingthon Anunpciação, já que a diretora alegou outras razões.
Ministério Público e Conselho Tutelar serão acionados
Segundo Mateus Cunha, membro do gabinete da diretora do Núcleo Territorial de Educação, do Governo do Estado, informou que a oitiva de envolvidos no fato, será encaminhada ao Ministério Público e ao Conselho Tutelar.
“O fato vai além, nós estaremos dando todo suporte psicológico aos envolvidos, contudo, iremos atuar de forma legal nesta situação”, frisou.
Cunha ainda alegou que o acompanhamento também será dado a jovem acusante, uma vez que a mesma – menor de idade – envolvida em um relacionamento tem a necessidade de compreender as limitações para convivência em sociedade.