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Torcedora argentina tem prisão preventiva decretada por injúria racial

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O Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro decretou, ainda durante a madrugada, a prisão preventiva de uma torcedora argentina acusada de injúria racial.

No meio da confusão generalizada no início da partida entre Brasil e Argentina, no estádio do Maracanã, ontem a noite (21), a mulher teria proferido ofensas racistas contra um funcionário da segurança do estádio.

Confusão na arquibancada do Maracanã antes de jogo do Brasil e Argentina.

Outros 17 torcedores foram encaminhados ao posto do Juizado dentro do Maracanã por delitos diversos, incluindo provocar tumulto, desacato, resistência e furto. Mas apenas um deles sofreu uma punição mais severa, o impedimento de ir a estádios e a obrigação de comparecer em juízo.

Os outros fizeram um acordo de transação penal, que permite que sejam liberados após o cumprimento de alguma medida como o pagamento de uma multa.

Mas o Tribunal de Justiça avaliou que poucas pessoas foram apresentadas ao juizado, considerando o tamanho do tumulto registrado ontem. E por isso, a magistrada responsável pelo caso expediu ofício ao secretário de Polícia Militar e à Confederação Brasileira de Futebol.

A confusão começou antes da partida, quando o hino dos dois países estava sendo executado. Torcedores brasileiros e argentinos, que estavam atrás do gol, no setor sul,começaram a discutir e brigar e os seguranças tentaram conter o tumulto, sem sucesso.

Até mesmo cadeiras do estádio foram arrancadas e arremessadas. Então, agentes do Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios entraram em cena, repreendendo com cassetetes os torcedores argentinos. Muitos ficaram feridos.

A seleção argentina saiu do gramado e foi até a torcida para tentar interceder pelos torcedores e com tudo isso, o jogo só começou com quase 30 minutos de atraso.

A partida foi realizada pelas eliminatórias da copa do mundo, e tinha torcida mista, ou seja, sem delimitação de áreas específicas para os brasileiros e os argentinos, apesar da reconhecida rivalidade entre as duas seleções.

A Confederação Brasileira de Futebol, que organizou a partida, declarou em nota que os planos de ação e segurança foram aprovados sem qualquer ressalva ou recomendação pelas autoridades de segurança pública. E disse ainda que este é o padrão em competições organizadas pela FIFA e CONMEBOL, como as Eliminatórias da Copa do Mundo, e que outros jogos entre Brasil e Argentina, já foram disputados com torcida mista.

Já a Polícia Militar, declarou que o batalhão cumpriu rigorosamente sua missão, conforme legislação vigente. Disse que a segurança das arquibancadas estava a cargo de uma empresa contratada e que foi da CBF a decisão de liberar a venda de ingressos sem cotas para as duas torcidas e de não delimitar espaços para cada uma delas. De acordo com a nota, a PM foi informada dessas decisões apenas quando os ingressos já tinham sido vendidos.

FONTE: Agência Brasil

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