Após diversas prefeituras divulgarem as atrações no mês junino, este questionamento ficou latejando na cabeça de muitos. O ritmo anda sendo esquecido? Ou a nova geração está inclinada a preferir os ritmos como Sertanejo, Arrocha e Forró Eletrônico?

Flávio José, intérprete de músicas tradicionais do forró pé-de-serra nordestino, seus principais sucessos são “Caboclo Sonhador”, “Tareco e Mariola” e “Caia Por Cima de Mim”, ao ser questionado durante entrevista de pelo sentimento que nutria pelo mês junino, ele disse: “está complicado, me preocupo com a cultura nordestina. Na troca de bandas entra uma paredão de uns 30 metros tocando funk e os órgão veem e não fazem nada. Na contra o funk, mas acho que cada um no seu quadrado”, frisou.

Ao longo dos anos temos notado cada vez menor a presença do tradicional Forró no São João, muitos culpam o município pela contratação de bandas que não seguem o ritmo. Mas, geralmente é a própria população que fica nas redes pedindo tal banda que está fazendo sucesso no momento, mesmo que não tenha nada haver com o São João.

Então será que realmente a culpa é das Prefeituras Municipais? Ou nossa que não sabemos valorizar a tradição?! Fica o questionamento.

Vejo jovens implorando por paredões durante os dias de festa, esquecendo que é nesta época que muitos forrozeiros conseguem faturar, sendo que paredões podem ser facilmente encontrados ao longo do ano. O desejo que fica é que possamos valorizar nossa cultura nordestina que passa super rápido.

Penso que podemos sim ter outros ritmos no São João, mas não podemos esquecer a verdadeira origem da junina. Vamos nos misturar, mas cientes de quem deve ser o pioneiro no momento.