No final do século 16, a região do norte da Bahia viu sua área ser ocupada tanto pelas atividades de busca por ouro e pedras preciosas quanto pela criação de gado no sertão. Essa ocupação trouxe uma grande quantidade de pessoas negras escravizadas, trazidas por portugueses e colonos, que passaram a habitar a região. Mesmo após séculos, a presença desses grupos ainda é significativa na área.
Em um relatório recente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados da pesquisa Brasil Quilombola, integrante do Censo Demográfico de 2022, que revelam informações importantes sobre a população quilombola no país. O município de Senhor do Bonfim, localizado no norte da Bahia, é a cidade brasileira com a maior população quilombola, contando com 15.999 indivíduos pertencentes a essa comunidade.
Além disso, entre as dez cidades com os maiores números de quilombolas no Brasil, cinco delas estão situadas na Bahia. Senhor do Bonfim, inserido no sertão do norte baiano, possui uma população total de 74.490 pessoas, de acordo com o Censo de 2022, ocupando a 24ª colocação no estado, a 100ª na região Nordeste e a 438ª no Brasil.
Com uma densidade demográfica de 94,37 habitantes por km² e uma média de 2,76 moradores por residência, a cidade apresenta um panorama da diversidade populacional e do legado histórico dos quilombolas na região do norte da Bahia. Esses números ressaltam a importância de reconhecer e valorizar a cultura e a história dessas comunidades que contribuíram significativamente para a formação e a identidade do país.