Entre os convidados, está o neurologista do Hospital Infantil Albert Einstein, André Luiz Santos Pessoa
Salvador vai sediar, no dia 17 de setembro (sábado), o II Simpósio de Neurogenética, reunindo especialistas nacionais no assunto. O evento será realizado no auditório do Boulevard Side Empresarial (Avenida Tancredo Neves), com o objetivo de ampliar os conhecimentos das ciências biomolecular e genética, que têm possibilitado diagnósticos e tratamentos mais precisos para doenças neurodegenerativas até pouco tempo sem terapias específicas. As inscrições podem ser realizadas no site. Para acessá-lo, bastar clicar aqui.
O simpósio vai reunir profissionais como a neuropediatra baiana com principal atuação em Neurogenética e Doenças Neurometabólicas, Emília Katiane Embiruçu; o médico neurologista do Hospital Infantil Albert Einstein, André Luiz Santos Pessoa; a médica geneticista do Hospital Universitário Alcides Carneiro, em Campina Grande, Rayana Maia; a epileptóloga reconhecida nacionalmente, Marielza Veiga; e o médico pesquisador do Hospital do Subúrbio, com linha principal em doenças cerebrovasculares, Felipe Oliveira.
Na ocasião, os profissionais vão abordar doenças mais frequentes como a epilepsia e a Atrofia Muscular Espinhal, a causa genética e a escolha da terapia. “Escolhemos falar de doenças neurogenéticas nas quais o impacto do diagnóstico e tratamento precoces podem mudar a história de vida dos pacientes. Para isso, convidamos palestrantes que assistem pacientes com doenças neurogenéticas e que estão familiarizados com os testes genéticos, a investigação genética”, conta Emília Embiruçu, uma das organizadoras do simpósio.
Neurogenética
A neurogenética é a intersecção da neurologia com a genética, e estuda o desenvolvimento e o funcionamento do sistema nervoso baseado nas características genéticas de cada indivíduo. Muitas doenças neurodegenerativas têm uma causa genética subjacente, e, pela gravidade dessas doenças, vem ocorrendo pesquisas sobre novas terapias e terapias gênicas.
A partir dos avanços em neurociência e do sequenciamento genômico, doenças hereditárias, até então sem a compreensão dos mecanismos patológicos envolvidos, não tinham tratamento. A partir do reconhecimento e compreensão destes mecanismos, opções terapêuticas vêm sendo desenvolvidas e mudando a história de vida de muitas pessoas com tais doenças.
“Quando falamos de neurogenética, de diagnóstico genético, estamos falando de medicina de precisão, de terapias específicas que atuam diretamente no mecanismo da doença, e não medicamentos paliativos, sintomáticos, que apenas melhoram o sintoma, mas não tratam a causa. Na última década vem ocorrendo um ‘boom’ de novas terapias para doenças até então consideradas catastróficas e intratáveis”, conta Emília.