Os profissionais da enfermagem do município de Ituberá, no Baixo Sul, se reuniram na manhã desta terça (14), nas ruas do centro da cidade, para uma manifestação em defesa do piso salarial da enfermagem, que permanece suspenso pelo Supremo Tribunal Federal. Vale lembrar que o piso foi aprovado no Congresso Nacional e sancionado pela presidência da República.
Em Ituberá, um grupo de enfermeiros e técnicos foi às ruas com cartazes exigindo a revogação da suspensão e a liberação do novo piso da categoria. “Sem enfermagem não há saúde. Greve geral pelo piso salarial!”, dizia um cartaz.

A vereadora Gideane Santos apoiou o movimento e fez um discurso inflamado em defesa da categoria. “Quando você vai ao hospital, a primeira pessoa para te receber é um enfermeiro, antes mesmo de você passar por um médico. Preste bastante atenção: essa causa aqui não é dessa meia dúzia de gente, essa causa é sua, é do seu filho, é do seu pai, é de todos nós. Eu quero ver quem é o bonzão ou a boazona que diz que vai descer a sepultura sem passar pela mão de um enfermeiro. Vou te contar uma coisa, se esse povo entrar na greve, a gente tá morto”, defendeu, a vereadora Gideane.
O Sindicato dos Enfermeiros do Estado da Bahia (SEEB) anunciou a manifestação seguida por paralisação, em ação conjunta com um movimento nacional que irá ocorrer como forma de pressão para o avanço do piso da categoria.
A lei do piso salarial da enfermagem (PL2564/20) foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 4 de setembro de 2022, com a justificativa da falta de recurso das redes públicas e privadas para pagarem o reajuste.
A lei aprovada fixa o piso salarial em R$ 4.750 para enfermeiros, 70% desse valor (R$ 3.325) para técnicos e 50% (R$ 2.375), para os auxiliares de Enfermagem e parteiras.