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Professores do estado promovem ‘aulões’ para internos do sistema prisional

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Com a proposta de apoiar os estudantes apenados na participação do Exame Nacional para Certificação de Competência de Jovens e Adultos (Encceja) e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), professores da rede estadual estão ministrando aulões e simulados preparatórios, direcionados a estudantes que estão cumprindo medidas em instituições prisionais ou socioeducativas e não concluíram os estudos do Ensino Fundamental e Médio.

Realizadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em conjunto com as secretarias municipais e estaduais de Educação, as provas 2024 do Encceja-PPL – destinadas a pessoas privadas de liberdade – acontecem nos dias 15 e 16 deste mês.

Mais de quatro mil apenados da capital baiana e da Região Metropolitana de Salvador se inscreveram no Encceja-PPL 2024. Pelo interior do Estado, 2.749 estão inscritos. A avaliação no dia 15 de outubro será para os internos que almejam o diploma de conclusão do ensino Fundamental. Já em 16 de outubro será a vez dos que pretendem concluir o Ensino Médio. As provas acontecem nas unidades prisionais, das 8h às 13h e das 16h às 20h.

Na Colônia Penal de Simões Filho, onde se inscreveram 50 internos, o clima é de esperança frente à oportunidade da diplomação nos ensinos Fundamental ou Médio. É o caso de E.C., que está otimista e determinado para fazer as provas do Encceja-PPL.

“Para mim é de grande importância o simulado que estamos fazendo aqui na nossa colônia, porque vai nos abrir um leque de novas oportunidades. Nós estamos aprendendo mais e mais, os professores têm se dedicado ao máximo, nos mostrando com detalhes cada quesito, cada matéria. Eu tenho certeza de que o Encceja vai ser uma vitória. Até aquelas pessoas que nunca fizeram o Encceja estão bem orientados pelos nossos mestres aqui, que são muito dedicados,” explicou o interno.

O professor de Ciências Naturais e Ciências Humanas da Colônia Penal de Simões Filho, José Humberto Torres Júnior, destacou a importância do simulados para os estudantes privados de liberdade.

 “Estamos trabalhando com os alunos questões voltadas ao Encceja, bem como ao Enem. Fizemos um simulado com eles e, hoje, fizemos a correção dessa prova para ver os pontos fortes e os pontos que estão precisando melhorar. […] Posteriormente, informamos como é que é feito o preenchimento no gabarito. Preparamos eles para que cheguem prontos para mais esse desafio e, passando nessa prova, significa remissão; menos tempo na colônia,” revelou o docente.

FONTE: Bahia Notícias

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