O caruru ficará para o ano que vem em muitas mesas, na Sexta Santa

Ao que tudo indica, a Semana Santa de 2023, o tradicional caruru ficará escasso na mesa do povo brasileiro. Muito consumido na Bahia, o quiabo veio da África, sendo cultivado pelos primeiros escravos que chegaram ao Brasil. No Nordeste brasileiro, existem muitas receitas que levam esse ingrediente.

Na última semana, o quiabo teve uma alta de 23% tornando o produto inacessível para a classe C, chegando a custar R$17 reais em determinados locais.

O LN foi as ruas do município de Valença, Baixo Sul baiano, conversar com a população e descobriu que os próprios ambulantes que integram a classe C estão subindo o preço do ingrediente por causa da alta procura para realizar o tradicional caruru da Semana Santa.

“Estamos sendo extorquidos pelos nossos semelhantes. A falta de empatia pelo próximo e o pensamento no lucro está falando mais alto”, revelou uma entrevistada que não quis mencionar o nome. “Um absurdo. Este ano não irei fazer o caruru, por que realmente não tenho como comprar um kilo de quiabo por R$17. Não tenho lembranças de quando fiquei sem realizar esse prato típico”, respondeu Lucia, indignada.

Propriedades do quiabo
O quiabo é um alimento rico em vitaminas A, B, C, E e K. Ele fornece os minerais selênio, cálcio, manganês, potássio, zinco, magnésio e ferro, além de ácidos essenciais para o organismo. É, ainda por cima, um alimento pouco calórico, sendo um ótimo aliado nas dietas de emagrecimento.

Protege os olhos
Desde cedo é importante consumir quiabo se quiser chegar a uma idade avançada com olhos saudáveis. A vitamina A e antioxidantes presentes nesse legume eliminam os radicais livres que podem destruir células oculares. Esses elementos danoso podem causar perda de visão gradual e mesmo catarata.

Alivia os efeitos da diabetes
Alimentos como o quiabo, com alto teor de fibras, reduzem a absorção de carboidratos. Isso evita que os níveis glicêmicos subam, o que torna esse legume um aliado na luta contra a diabetes.

Os ambulantes estão pensando somente no lucro próprio e as vezes esquecendo que os maiores consumidores do produto são pessoas da mesma classe social que eles, que trabalham para sobreviver. Mas parece que a palavra empatia no dicionário deles não existe quando o assunto for lucros.

Entretanto, os preços excessivos em mercados podem ser denunciados ao Procon. As denúncias ao órgão também podem ser encaminhadas através do Aplicativo PROCON BA MOBILE ou por e-mail: denuncia.procon@sjdhds.ba.gov.br.