Os pais de Gabriela Anelli, torcedora do Palmeiras que morreu após ser atingida por uma garrafa de vidro durante confusão antes do jogo Palmeiras X Flamengo no último sábado (8), disseram, em entrevista nesta segunda (10), que a acompanhar o time era a principal alegria da jovem.
“A diversão dela era praticamente essa. Nos finais de semana, as viagens que ela fazia. Foi a forma que ela se encontrou. Tem meninas da idade dela que gostam de ir em baile funk, de gostam de ir para sertanejo, ela gostava do Palmeiras. A vida dela era essa. Palmeiras, e a torcida. Era isso”, afirmou Ettore Amarchiano Neto, pai de Gabriela.
Gabriela estava internada na Santa Casa e faleceu na manhã desta segunda-feira. Ela sofreu duas paradas cardíacas após ser atingida por uma garrafa de vidro no pescoço.
De acordo com a mãe, Gabriela já havia passado por cirurgias e superado vários problemas de saúde.
“Não foi a condição de saúde que ela tinha que a matou, foi uma garrafa que cortou sua jugular”, disse Dilcilene Prado Anelle dos Santos.
Ambos estavam no estádio e só ficaram sabendo do incidente quando a filha já estava na Santa Casa.
“Nós também estávamos no jogo, esperando por ela, porque estávamos juntos com a Mancha, mas ela não chegou a entrar no estádio. Fiquei sabendo depois que o jogo acabou, porque não havia sinal de celular lá dentro, uma ligação. Nesse momento, ela já tinha passado pela cirurgia e estava sendo transferida para a UTI.”
Indiciamento O delegado do DOPE (Departamento de Operações Policiais Estratégicas), César Saad, afirmou nesta segunda-feira (10) que a Justiça decretou a prisão preventiva de Leonardo Felipe Xavier Santiago, torcedor do Flamengo preso em flagrante por arremessar a garrafa que atingiu Gabriela Anelli, torcedora do Palmeiras, e outra vítima. Ele também informou que o rapaz foi indiciado por homicídio doloso consumado.