O pai de uma estudante da Escola Municipal Amélia Rodrigues, localizada no distrito de Monte Gordo, ficou revoltado ao saber que ela havia tido acesso a um livro sobre educação sexual na biblioteca da escola. A publicação seria de uma servidora da unidade, que levou o livro para a instituição e foi parar nas mãos da menina, de 11 anos.
“Caso revoltante na escola Amélia Rodrigues em Monte Gordo, professora leva livro pessoal dela sobre atos sexuais, a famosa (cartilha), onde ensina as criança sobre como praticar sexo, sendo ela responsável da biblioteca, ainda assume que levou o livro, e o pai de uma das crianças que teve acesso ao livro e ainda levou pra casa se revolta com atitude da professora, que em nenhum momento assumiu o erro, e ainda afirma que a criança roubou o livro, e que tem vários outros livros”, disse a mãe de outro estudante, que também teve acesso ao material.
No livro, há o desenho de um menino nu, com um buraco entre as pernas para que ali seja colocado um dedo simulando o pênis. Na página ao lado aparece o desenho de uma menina nua, também com um buraco entre as pernas para que ali seja colocado um dedo.
Confira o vídeo:
Entramos em contato com a Secretaria de Educação de Camaçari que, por meio de nota, informou que “o livro Aparelho Sexual e Cia., de autoria de Hélène Bruller, não compõe o acervo das bibliotecas escolares da rede municipal, não faz parte do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) e tampouco é indicado para trabalho pedagógico com os estudantes desta rede. Sobre a situação que envolveu um responsável legal de uma estudante e uma servidora da rede, conforme divulgado na mídia e nas redes sociais, a Seduc esclarece que, ao tomar conhecimento dos fatos, estabeleceu imediatamente diálogo com a gestão da Escola Municipal Amélia Rodrigues, inclusive deflagrando uma comissão sindicante para apuração dos fatos”.
O livro Aparelho Sexual e Cia. de Hélène Bruller foi o mesmo que o então candidato à presidência, Jair Bolsonaro, levou para o Jornal Nacional em 2018, quando alegava a existência de um “kit gay”, distribuído nas escolas brasileiras pelo governo Dilma Rousseff. A publicação, segundo ele, fazia parte do kit.
Na época, a Companhia das Letras, editora responsável pela publicação do livro, emitiu nota afirmando que o material nunca foi comprado pelo Ministério da Educação (MEC), tampouco fazia parte de nenhum suposto “kit gay”.
Fonte: CN1