O cenário político de Nilo Peçanha tem sido marcado por incertezas em torno da candidatura de Carlos Azevedo (PT) à prefeitura. Enquanto a candidatura de Jacqueline Soares, atual prefeita e representante do partido Podemos, já foi deferida, Azevedo ainda enfrenta obstáculos jurídicos significativos que podem comprometer sua elegibilidade.
Carlos Azevedo, ex-prefeito do município, encontra-se em um impasse judicial para validar sua candidatura. As contas de sua gestão referentes aos anos de 2018 e 2019 foram rejeitadas pela Câmara Municipal de Vereadores, o que resultou em um questionamento sobre sua capacidade de concorrer nas próximas eleições. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) analisa a possibilidade de impugnação de sua candidatura com base nessas desaprovações.
Em uma tentativa de reverter essa situação, Azevedo ingressou com duas ações judiciais buscando liminares para anular as rejeições das contas. Contudo, suas solicitações foram negadas pela juíza da Comarca de Taperoá, Dra. Crys São Bernardo Veloso, agravando ainda mais sua situação. Em 19 de agosto, o cenário se complicou, com a juíza de segundo grau, Dra. Adriana Sales Braga, do Tribunal de Justiça da Bahia, também indeferindo o recurso interposto por Azevedo, mantendo as decisões desfavoráveis à sua candidatura.
Essas rejeições têm origem nas irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia (TCM) nas prestações de contas dos períodos mencionados. Tais irregularidades são o principal obstáculo para que Carlos Azevedo obtenha a confirmação de sua candidatura pelo TRE.
Enquanto isso, a campanha da atual prefeita, Jacqueline Soares, avança sem impedimentos legais e cumpre as normas estabelecidas, consolidando sua presença no cenário eleitoral. As incertezas jurídicas envolvendo a candidatura de Carlos Azevedo também contribuem para o fortalecimento de Jacqueline, que, além de ter sua candidatura deferida, continua a focar na execução de suas propostas para Nilo Peçanha, aproveitando o momento para ampliar sua base de apoio político.
Com isso, a disputa eleitoral se desenha com um cenário favorável para a atual gestora, que se beneficia da estabilidade de sua campanha frente às dificuldades enfrentadas por seu principal oponente.