Uma mulher congolesa de 50 anos morreu de desnutrição grave após passar nove anos com um feto no abdômen. O bebê perdeu a vida na 28ª semana de gestação e nunca foi retirado de seu ventre, o que acabou ocasionando a calcificação dele.
O caso foi relatada por médicos do Suny Upstate Medical University, nos Estados Unidos, em um artigo publicado nessa terça (7), na revista BMC Women’s Health. A equipe foi responsável por atender a paciente.
A condição extremamente rara é conhecida como litopédio e ocorre quando um feto morre durante a gestação e fica retido no abdômen, transformando-se em osso. A calcificação pode ocorrer também com as membranas, a placenta ou qualquer combinação dessas estruturas. O litopédio pode ser assintomático ou apresentar sintomas gastrointestinais e renais.
A refugiada do Congo chegou ao hospital com dor crônica e desconforto abdominal, indigestão e sensação de borbulhar após comer. A mulher dizia estar sendo vítima de um feitiço lançado na África.
Trauma durante a gestação
Ainda quando estava grávida, a paciente buscou profissionais de saúde de um campo de refugiados da Tanzânia, eles questionaram como ela havia perdido o bebê e a acusaram de usar drogas.