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Kamala Harris por quê?

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Por Wellingthon Anunpciação, publicitário e especialista em gestão e aprimoramento da imagem pública de figuras políticas

Filha de imigrantes, com mãe da Índia e pai da Jamaica, Kamala nasceu em Oakland, Califórnia. Sua educação em áreas como Ciências Políticas, Economia e Direito forjou a base de uma carreira política influente. Iniciou sua jornada como promotora em 1990, depois tornou-se procuradora-distrital e, posteriormente, a procuradora-geral da Califórnia.

Primeira mulher e primeira pessoa negra a ocupar o cargo de procuradora-geral da Califórnia. Primeira senadora de origem indiana nos Estados Unidos. Primeira vice-presidente negra na história dos EUA.

Sua capacidade de liderança e histórico de serviços prestados fornecem a Harris uma base sólida para enfrentar desafios maiores, tendo sido testada em diversas esferas políticas e judiciais. A escolha de Biden em apoiar Kamala reflete uma estratégica transferência de confiança e poder dentro do Partido Democrata.

Em um último levantamento, quando ainda não havia ocorrido a desistência de Biden, segundo a Ipsos/Reuters Kamala com 42% e Trump com 43%, um empate técnico que com o apoio da família Obama seria facilmente sanado.

Mas somente o apoio da família Obama? Sim! A ex-primeira-dama Michele Obama teria dificuldades extraordinárias por vários fatores, entre eles a experiência política, pois, embora seja uma figura pública muito respeitada e tenha desempenhado um papel significativo como primeira-dama, ela não possui experiência em cargos eletivos. Lembremos do víeis da polarização política, já que os Estados Unidos estão altamente polarizados, e a figura de Trump mobiliza uma base fiel e fervorosa. Michelle Obama, associada ao Partido Democrata e às políticas de Barack Obama, pode enfrentar resistência de eleitores independentes e conservadores, e, nos específicos levantamentos pelas atuações em diversos nichos, Kamala seria a única a converter isso com mais dinâmica.

Michele seria o suporte mor ideal para Harris. Além da exploração do fator sororidade!

Donald Trump é conhecido por seu estilo combativo e por utilizar ataques pessoais como estratégia política. Michelle Obama teria que se preparar para uma campanha agressiva e muitas vezes difamatória, algo que pode ser desgastante e desafiante pra quem está fora do cenário há alguns anos. Michelle Obama já iniciaria sua caminhada com um significativo stress, haja vista a tensão dos apoiadores de Kamala, que já está no poder, para migrarem a ela seria algo a se construir, ação que demandaria tempo e neste momento tempo é algo que os Democratas não têm em excesso.

Trump possui uma base eleitoral leal que o apoia independentemente das controvérsias. Mobilizar uma base equivalente e conseguir apoio em estados-chave seria um grande desafio para Michelle Obama. A campanha eleitoral americana é longa e exaustiva. Michelle Obama teria que estar preparada para uma maratona de comícios, debates e entrevistas, enfrentando constante escrutínio da mídia e do público. Em resumo, embora Michelle Obama tenha uma presença carismática e seja muito popular, ela enfrentaria desafios significativos em uma disputa contra Trump, principalmente, repito, devido à falta de experiência política direta e à natureza polarizadora da política atual nos Estados Unidos.

Por isso, com Kamala teríamos um embate de igual para igual, já que Trump teria mais limites e precisaria de adequar as armadilhas montadas pela vice-presidente, que entende de estratégia e de certo, estaria disposta a utilizar a de acordo as necessidades.

Confesso, que se tivesse a oportunidade, gostaria de ser assistente do assistente do assistente do assessor direto da Kamala para ajudar nesta estratégia, que promete ser caliente!

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