Polícia Civil não acredita em legítima defesa alegada por PM que matou adolescente

Policial está preso e é investigado por homicídio consumado, qualificado e uma tentativa de homicídio qualificado

O policial militar Marlon da Silva Oliveira, preso por suspeita de matar a tiros o adolescente Gabriel Santos Costa, de 17 anos, no Alto de Ondina, em Salvador, alegou legítima defesa, mas a Polícia Civil não acredita nessa versão. Um novo interrogatório com ele será realizado após a conclusão das diligências que ainda estão sendo feitas.

A namorada do PM foi ouvida e reitera essa tese de legítima defesa. “Como já foi pontuado, a Polícia Civil não concordou com essa tese, tanto é que nós pedimos a prisão dele no plantão judiciário”, afirmou a delegada Zaira Pimentel, em coletiva à imprensa nesta segunda-feira (9).

“O inquérito policial não pode ser constituído apenas por uma prova [se referindo ao vídeo que circulou nas redes sociais], então há mais diligências. Nós entendemos que não há legítima defesa porque as vítimas não estavam armadas naquele momento da execução e não representavam um risco para o policial”, disse Zaira.

A delegada não quis confirmar se há novos elementos, como outros vídeos que poderiam colaborar com a investigação, para não atrapalhar as investigações. “São diligências ainda em curso, então a gente prefere não se manifestar”, comentou.

Sobre a proximidade com as vítimas, o PM chegou a dizer que não as conhecia, mas, segundo a delegada, há alguns indicativos de que eles moravam pelo menos no mesmo bairro.

O policial se apresentou na noite desse domingo (8) e ainda não foi ouvido. Até o momento, 15 pessoas foram interrogadas na investigação, entre elas a namorada do PM. Marlon está custodiado no Batalhão de Choque da PM, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

O mandado de prisão preventiva foi expedido pela 2ª Vara do Júri, em desfavor do cabo PM Marlon da Silva Oliveira, principal suspeito de matar o adolescente Gabriel Santos Costa, 17 anos, atingido por disparos de arma de fogo na madrugada do último dia 1º, no bairro do Rio Vermelho. No mesmo episódio um rapaz de 19 anos foi atingido e continua internado no Hospital Geral do Estado (HGE).

O PM, que era considerado foragido, se apresentou acompanhado de um advogado. Ele foi submetido aos exames de praxe e segue custodiado à disposição da Justiça.

FONTE: Correio da Bahia

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