A família de uma criança de três anos procurou uma unidade hospitalar, em Belo Horizonte, após a menina apresentar mal-estar. Porém, a família se queixa do atendimento de uma médica pediatra, segundo os familiares, a criança não recebeu diagnóstico e foi orientada apenas a beber água. Com náusea e diarreia persistente, a menina foi atendida em outro hospital, onde recebeu o diagnóstico de gastroenterite, infecção intestinal.

A criança foi levada ao hospital no último domingo (18) pela tia, a mãe e a avó. “Depois de umas quatro horas esperando, a médica do plantão noturno chamou, e mal tocou na minha afilhada”, conta a dentista Natasha Rocha, 31.

De acordo os familiares, foi explicado à pediatra que a criança estava passando mal e havia passado os últimos dias amuada. Ainda segundo o relato, a médica, teria dito que a menina estava apenas desidratada e que o caso não era “nada demais”.

“Ela pediu exame de urina, levou mais duas horas. Quando o resultado voltou, ela falou que teve uma pequena alteração, mas por falta de higienização da parte íntima dela [da criança]. A menina tinha acabado de tomar banho, estava arrumadinha, nunca que seria isso”, relata a tia.

A profissional teria dito à família que a criança não precisava de nada, só de hidratação. Ela entregou uma receita indicando a ingestão de 850 ml de água por dia e liberou a paciente. Ainda segundo a tia da criança, a pediatra disse que “nem ia pedir o exame de urina”, e que só pediu porque “a mãe [da criança] deu chilique”. “Isso porque minha mãe e minha irmã pediram exame de sangue, até para descartar alguma coisa… Minha mãe falou até de hepatite, e ela [a médica] debochou da minha mãe, perguntou: ‘a senhora sabe o que é hepatite?’”, conta a tia da criança.

A família voltou para casa após o atendimento, mas o quadro de saúde da menina piorou. Já nesta segunda (19), a tia levou a sobrinha em outro hospital, onde foi diagnosticada com gastroenterite e recebeu medicação intravenosa.