Márcio Victor critica naipe baiano durante ensaio da banda Psirico em Salvador: ‘A gente gosta de pagodão’

Durante desabafo, vocalista do Psirico comparou estilo musical que viralizou nas redes sociais com o pagode: ‘esse ano no carnaval não vai ter negócio de porra de naipe’.

O cantor Márcio Victor criticou o “naipe baiano” durante o ensaio da banda Psirico, no sábado (18), em Salvador. O estilo de dança viralizou nas redes sociais e agora é tema até de competição.

“A Bahia é muito mais que naipe. A Bahia não tem porra de naipe importado”, reclamou o artista.

Para o cantor, a Bahia e os baianos gostam “de pagodão”. “E esse ano no carnaval não vai ter negócio de porra de naipe. Quem manda no carnaval é o pagodão”, desabafou o artista.

Durante o discurso, Márcio Victor disse ainda que foi um dos responsáveis por ajudar a criar o “pagodão”, estilo musical muito cantado no carnaval baiano.

“Eu não tinha ego, mas aprendi a ter, porque ajudei a criar esse ritmo. Fui eu quem trouxe essas percussões pra cá, quem pesquisou e quem transformou os arranjos com base nos meus estudos. Hoje, o Brasil inteiro gosta desse ritmo”, afirmou o vocalista do Psirico.

Na Bahia, o que se chama de “pagode” é um ritmo diferente do que é conhecido no sudeste do Brasil. Derivado do samba-reggae, o “pagodão” tem como principais caraterísticas a inclusão da percussão e o ritmo mais acelerado, mistura perfeita para a criação de coreografias. Foi neste contexto que surgiu o “naipe baiano”, estilo de dança que viralizou nas redes sociais e agora é tema até de competição.

Com mais de 3 mil publicações em uma rede social, as coreografias no estilo do “naipe baiano” já foram executadas pelos cantores Ludmilla e Léo Santana, e pela dançarina Lorena Improta.

O sucesso do naipe baiano é tão grande que virou até competição em bairros periféricos de Salvador, onde o pagode é bastante difundido, principalmente em festas do estilo paredão. Seja em largos, praças, becos e ruas, os dançarinos amadores lotam espaços diversos para assistir, “quebrar” junto e até rir das coreografias dos que têm menos molejo, mas também querem dançar.

Em geral não há banda nas apresentações. O som fica por conta de um paredão- mega aparelho de sonorização – instalado nos locais.

Nesse tipo de disputa, os baianos performam para jurados, que dão notas aos passinhos. Após as apresentações, os três melhores são escolhidos e levam para casa prêmios em dinheiro. Em uma das competições divulgadas nas redes sociais, por exemplo, um vencedor ganhou R$ 500.

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