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Entenda o que embasou a operação da PF contra Bolsonaro

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A investigação que deu origem à Operação Venire, deflagrada nesta quarta (3) pela Políciai Federal (PF), identificou a formação de uma associação criminosa para inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS, do Ministério da Saúde. O objetivo era beneficiar várias pessoas ligadas ao círculo próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, as inserções falsas alteraram a condição de imunização contra a Covid-19 dos beneficiários e, com isso, as pessoas podem ter burlado restrições sanitárias impostas pelas autoridades do Brasil e dos Estados Unidos.

“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos Poderes Públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de covid-19”, escreveu Moraes na decisão em que autoriza a operação, datada de 28 de abril, com operação realizada nesta quarta.

Falsificação de carteiras de vacinação

A PF identificou a falsificação da carteiras de vacinação emitidas por duas secretarias de Saúde: a do Estado de Goiás e a do município de Duque de Caxias (RJ), com tentativa de inserção de dados falsos em sistemas do Ministério da Saúde.

No caso do Rio de Janeiro, a falsificação ocorreu em benefício da esposa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, Gabriela Santiago Ribeiro Cid.

A autoridade policial identificou que Mauro Cid buscou alternativas para confeccionar um certificado físico de vacinação contendo doses da vacina contra a Covid-19 em benefício de sua esposa e também de Luis Marcos dos Reis, então um dos integrantes da Ajudância de Ordens da Presidência da República.

Fonte: Metrópoles

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