
Será impossível escrever este texto em terceira pessoa, haja vista quero opinar e deixar bem nítido o fato que em breve vai se tornar discutível por toda a comunidade brasileira: A presença de homossexuais em igrejas. Sim! Os homo evangélicos.
Na exibição do Programa Criança Esperança, enquanto Sarah Beatriz entoava o hino evangélico “Todavia eu me alegrarei”, foi visível e emocionante o louvor do ex-BBB Gil do Vigor, figura homossexual assumida, que de unhas pintadas ao tom rosa postadas em seu peito e com um outro braço suspenso entonou um forte “Aleluia Senhor, é tudo Teu!”. Quando apreciei a cena, minha cabeça deu um giro em 180 graus e comecei a formular este texto, que se iniciou pelo pensamento/questionamento: “Os homossexuais serão aceitos em igrejas?”
A pergunta existe por que é ciência de todos que em 2012 as frentes evangélicas tentavam buscar diminuir como podiam o crescimento do público homossexual, faziam campanhas, publicizavam massivamente a cura gay, até que parte mínima da população se convenceu que ser gay era uma doença, foi um caos instalado. Eu tinha um amigo não assumido, que estava em depressão com o fato.
O mais recente foi a jovem pastora Vitória Souza que foi a um culto de ação de graças do influencer Hytalo Santos e horas depois foi apedrejada nas redes sociais, inclusive com seus shows cancelados, tendo o influenciador a necessidade de depositar para ela R$100 mil após ter ficado com dor na consciência. Mas pergunta na mente, e insistente, qual o crime cometido pela pastora? Levar a palavra de Deus para um homossexual?
Chegando no reduto de minha cidade, a comunicadora Raquel Oliveira, que também é evangélica, louva em púlpito, desabafou nas rede social após não aceitar a expressão de ódio destinada para a jovem pastora Vitória. “Todo mundo tem uma opinião suprema, um querendo ser melhor que o outro, o amor está se esfriando…”, escreveu.
E, retornando ao ponto inicial, seria a homossexualidade um motivo para autoridades religiosas, acenderem a fogueira da inquisição e mandar os felizes homossexuais para as cinzas? De fato, a bíblia traz orientações de como procedermos na Terra, mas também dita que devemos amar os irmãos como a nós mesmos, vai além e diz para que não julguemos para não sermos julgados. Porém, hão líderes que confundem, pregam a orientação como verdade absoluta e por vezes escondem o que de melhor deve ser realizado: o amor entre todos.
Será que para estes o louvor de um homossexual não é aceito pelas ‘narinas do Senhor’, não é ouvido pelo ‘Santo ouvido de Deus”, ou o capricho de juizes sem toga, sem formação e com carteirinha nos bolsos de título reverendo dos pregadores ocupam mais espaço do que o dito eterno ‘amor de Cristo’ que nos uniu?
Hora de repensar. Hora de ‘ré-agir’. Hora de ser humano.