Marcelo Batista da Silva havia recebido a liberdade provisória em março
A concessão de liberdade provisória a Marcelo Batista da Silva, dono de ferro-velho suspeito de mandar matar dois funcionários, durou pouco. Um mês após deixar de ser considerado foragido, a Justiça voltou a decretar a prisão do empresário, no dia 1º de abril.
Marcelo Batista deveria ter cumprido medidas cautelares para que a liberdade provisória fosse mantida. Entre elas, estavam determinados o comparecimento mensal à Justiça e o fornecimento de endereço fixo. Em entrevista em março deste ano, a defesa do dono do ferro-velho confirmou que ele se apresentaria. O que não aconteceu.
O empresário foi visto pela última vez em novembro do ano passado e chegou a ser procurado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). O mandado de prisão foi determinado pelo juiz Vilebaldo José de Freitas Pereira, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
O inquérito policial foi concluído e remetido ao Poder Judiciário, com os devidos indiciamentos, segundo a Polícia Civil.
Relembre o caso
Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento, 24, e Matusalém Silva Muniz, 25, desapareceram após saírem de suas casas para trabalhar em um ferro-velho no bairro de Pirajá, onde trabalhavam há três semanas.
Antes de desaparecerem, eles foram acusados pelo dono do empreendimento, Marcelo Batista da Silva, por furto de alumínio. Considerado suspeito dos assassinatos, o empresário foi procurado pela polícia enquanto era considerado foragido.
Marcelo Batista responde a nove processos que estão em tramitação na Justiça do Trabalho. Outros 60 foram arquivados. As acusações abordam descumprimento de pagamento de salário, horas extras, assédio sexual e tortura. Três policiais militares foram presos acusados de envolvimento na morte de jovens