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Com arma de fogo, candidato a deputado estadual agride jovem de 17 anos

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As imagens gravadas por uma câmera de segurança de um bar, localizado no município de Santa Luiza, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais, mostra o candidato a deputado estadual Leonardo Lúcio Morais (PTB), conhecido como Cabo Théo do Iscac, agredindo um menor de 17 anos, na última sexta (16).

O candidato aparece apontando uma arma de fogo contra o adolescente, apesar de estar licenciado da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) para poder concorrer ao cargo no legislativo estadual. 

O vídeo começa com o o Cabo Théo sacando uma arma de fogo e a apontando na direção do menor, que ao tentar se refugiar no interior do bar acaba tropeçando e deixando a bandeira cair. Na sequência, o candidato entra no bar e inicia as agressões físicas, ordenando: “Bota no lugar! Bota no lugar! Pega a minha bandeira!”.

Mesmo dizendo que colocaria a bandeira no mastro e pedindo desculpas ao militar, o jovem volta recebe mais um pontapé antes de sair do bar.

Ouvido pela reportagem do jornal O Tempo, Cabo Théo tentou justificar as agressões dizendo que o adolescente teria sido orientado por grupos políticos rivais de Santa Luzia para quebrar seu material de campanha.

“Ele quebrou 70 bandeiras minhas. Na minha frente, foram três”, acusou o candidato.

Sem boletim de ocorrência
Segundo o Registro de Evento de Defesa Social (Reds) da Polícia Militar, o candidato a deputado estadual solicitou o apoio de uma guarnição da PM para coibir um grupo de homens que estaria depredando suas bandeiras de campanha. Quando os militares chegaram ao local, o militar licenciado estava segurando o menor. No entanto, ele decidiu não comparecer à 3ª Delegacia de Polícia de Santa Luzia, onde um boletim de ocorrência deveria ser registrado. No momento, Cabo Théo alegou que estava passando mal.

O adolescente, por seu turno, explicou que estava caminhando pela Avenida Brasília com amigos, quando um deles apanhou uma bandeira de Cabo Théo e começou a balançá-la. Ele, então, decidiu imitar o amigo em tom de brincadeira, mas quebrou o mastro do material de campanha. Foi nesse momento que o candidato o abordou.

De acordo com o relato da PM, o menor não teria dito que havia sido agredido pelo candidato. Por esse motivo, não teria sido encaminhado para fazer o exame de corpo de delito, sendo liberado em seguida. Os militares alegam que só ficaram sabendo das agressões depois que o vídeo começou a circular nas redes sociais.

Confira o vídeo:

Segunda versão
Ciente da repercussão do caso, Cabo Théo apresentou uma segunda versão sobre o fato, relatando uma situação que não havia sido mencionado ao policiais que atenderam ao chamado. Segundo ele, o vídeo teria sido editado.

“Para se ter uma ideia, eu não cheguei com a arma em punho. Só usei no momento em que ele levou as mãos nas cintura mencionando estar armado. (…) Juntos a ele estavam outros dois que na edição do vídeo não mostra que partiram pra cima de mim”, argumentou.

Fonte: DOL

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