Na tarde de ontem, durante uma entrevista, o irmão de Helmarta, jovem desaparecida desde a última terça-feira (24), levantou a suspeita de que Carlos Júnior, ex-companheiro da vítima e principal suspeito, poderia recebido ajuda de uma segunda pessoa no processo de descarte do corpo.
Martinha, como era conhecida por amigos e familiares, foi morta por estrangulamento, conforme confessado por Júnior. Ele admitiu ter utilizado uma corda para asfixiar a vítima, colocado seu corpo em uma mala com pesos de academia e, posteriormente, descartado no Rio da Ponte do Funil, localizado entre Valença e Itaparica.
O irmão de Helmarta sugeriu que uma segunda pessoa poderia ter auxiliado na execução do crime. Essa hipótese estaria baseada na suspeita de que Júnior, ao ter colocado pesos junto ao corpo da jovem, enfrentaria maiores dificuldades para o descarte do corpo. “Ele não teria condições de pegar ela sozinho. Alguém ajudou ele, mas isso é só uma suspeita”, afirmou.
O irmão reforçou ainda a crença de que o crime teria sido premeditado e executado de forma meticulosa. Ele comentou sobre o comportamento de Júnior, que teria retornado para casa com uma postura extremamente fria e indiferente após o suposto ato. Durante a entrevista, ele mencionou. “Acredito que por Júnior já trabalhar aqui nessa linha, todos os dias que ele passava ele já ia vendo horário de movimento, quando ele podia parar.”
O irmão foi um dos primeiros a abordar Júnior após o crime, descrevendo-o como impassível, sem qualquer sinal de remorso ou nervosismo, o que apenas reforça suas suspeitas de que o crime foi cuidadosamente planejado e executado “Eu fui o primeiro a abordar ele quando ele chegou em casa. Ele estava muito frio.”
Detalhes do Crime
Segundo as declarações de Carlos Júnior, o crime ocorreu na tarde de terça-feira, por volta das 15h. Ele teria encontrado a ex-companheira, com quem havia se separado há cerca de 8 meses, e a atacado com o uso de uma corda, resultando no estrangulamento da vítima. Após o crime, Júnior transportou o corpo em seu veículo, dirigindo por aproximadamente 76 km de Valença até a Ponte do Funil. A confissão indica que o corpo foi jogado no rio preso a pesos, numa tentativa de evitar que boiasse e fosse descoberto.