PIB do Brasil teve crescimento de 1,9% no primeiro trimestre na comparação com o anterior
Com o avanço de 1,9% registrado no primeiro trimestre de 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil ficou nas primeiras posições em crescimento no mundo, na comparação com outras economias no período.
A variação do PIB brasileiro ficou em quarto lugar em um ranking de 61 economias compiladas pela Austin Rating.
No trimestre, o Brasil ficou atrás de Hong Kong (crescimento de 5,3% no primeiro trimestre), Polônia (3,8%) e China (2,2%).
O crescimento do Brasil ficou em igual patamar ao da Tailândia, que também cresceu 1,9%. Logo atrás, vieram Portugal (1,6%), Colômbia (1,4%), Croácia (1,4%) e EUA (1,3%). O ranking inclui economias que já divulgaram resultados e projeções.
O PIB brasileiro veio acima das expectativas no primeiro trimestre, puxado por forte desempenho da agropecuária, que cresceu 21,6% na comparação com o trimestre anterior.
Também foi registrada leve alta do setor de serviços (0,6%), que responde por mais de dois terços do PIB, enquanto a indústria andou de lado (-0,1%). O setor de serviços, que vem se recuperando desde a reabertura após a pandemia da Covid-19, teve algum impacto do consumo das famílias (0,2%), com aumento da massa salarial da população, e consumo do governo (0,3%).
PIB do Brasil é o segundo entre países do G20
O Ministério da Fazenda divulgou nota sobre o desempenho do Brasil no trimestre e ressaltou que, dentre as economias do G20, o Brasil teve o segundo melhor desempenho na comparação trimestral.
Dentre os países do G20 com resultados já divulgados, o Brasil ficou somente atrás da China.
“Dentre os países do G-20 que já divulgaram o resultado do PIB do 1T23, o Brasil apresentou o segundo melhor desempenho na comparação trimestral, a 3ª posição na comparação interanual e a 3ª posição na comparação em termos de variação acumulada em 4 trimestres”, escreveu a Secretaria de Política Econômica.
Apesar do resultado positivo do trimestre na comparação com outras economias, economistas apontam que há preocupação para os próximos períodos. Frentes relacionadas à demanda vêm desacelerando, aponta Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating e responsável pelo ranking. A queda nos investimentos, de 3,4%, é um destaque negativo.
“Investimentos dão o fôlego para o que vem do PIB daqui para a frente, e essa queda é um destaque negativo”, diz Agostini. “Juntos, investimentos e consumo das famílias somam quase 90% do PIB pelo lado da demanda. Quando olhamos para esse lado, estão desacelerando.”
Veja ranking das dez economias que mais cresceram no 1º tri
- Hong Kong 5,30%
- Polônia 3,80%
- China 2,20%
- BRASIL 1,90%
- Tailândia 1,90%
- Portugal 1,60%
- Colômbia 1,40%
- Croácia 1,40%
- Estados Unidos 1,30%
- Filipinas 1,10%
- México 1,00%
- Malásia 0,90%
- Chipre 0,80%
- Tunísia 0,80%
- Canadá 0,80%
- Chile 0,80%
- Israel 0,60%
- Itália 0,60%
- Letônia 0,60%
- Suécia 0,60%
Fonte: Metrópoles
