“Tem 30 anos acumulando coisa”, contou a irmã do homem

Agentes do Corpo de Bombeiro e da Defesa Civil tentam encontrar um homem de 52 anos desaparecido em meio ao entulho acumulado por cerca de 30 anos na própria casa, em Piracicaba, em São Paulo. A suspeita é de que ele esteja no interior da residência. As equipes tiveram dificuldades para acessar o imóvel devido à quantidade de materiais bloqueando o acesso ao interior da casa.

A busca começou na noite de terça (19) após os bombeiros serem acionados pelos vizinhos do homem, que não é visto desde segunda (18). Porém, a escuridão durante a noite atrapalhou, e os agentes retornaram ao local nesta quarta e começaram a abrir caminho. Mesmo depois de horas de trabalho de retirada do lixo, o homem ainda não tinha sido localizado.

Entulhos vão até o teto do imóvel. Os bombeiros tentaram acessar o interior do imóvel por pelo menos duas entradas até entrarem.

Balanço parcial da Defesa Civil até a última atualização desta reportagem apontou que foram retirados três caminhões cheios de materiais. O órgão também acredita que sejam necessários três dias para completar a limpeza.

“Tem 30 anos acumulando coisa”, contou a irmã do homem, Tania Cristina Garcia, ele tem mais duas irmãs. Ela disse que mora em Rio Claro (SP) e não vinha visitar o irmão devido ao material acumulado. A mãe deles, que morreu há 10 anos também morava no local. Tania conta que a mãe falava para ela não ir até a residência por não ter como entrar. “A minha mãe ia para minha casa uma vez por ano, ficava lá comigo, mas para cá mesmo eu não vinha, porque ela mesma falava para eu não vir porque não tinha como entrar”, explicou.

Vizinhos relataram que ele vendia e fazia disso renda. quando ainda morava com a mãe e um tempo depois disso. Segundo os moradores, não era mais comum vê-lo realizando as vendas atualmente.

Em nota, a Prefeitura de Piracicaba informou que a Defesa Civil foi acionada pelos bombeiros. Odair Melo, coordenador da Defesa Civil, explica que chegou na casa, localizada no bairro Alvorada, às 8h, com caminhão da Sedema, motorista e dois ajudantes e desde então eles tentam avançar para acessar o interior da residência. “Há um corredor de um metro de largura, mas o espaço liberado nele é de cerca de 40 centímetros. Estamos tentando limpar para poder, rastejando, acessar a casa”, explicou Mello.