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A Polícia está doente!?

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Observatórios de imprensa apresentaram dados alarmantes sobre a saúde dos operadores da segurança pública, especialmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Dados revelam que 40 em cada 100 policiais das instituições Civil e Militar são afastados diariamente devido a problemas psicológicos. A maioria desses policiais apresenta atestados médicos que indicam a necessidade de afastamento para reequilíbrio profissional. Pesquisas também indicam que uma minoria desses policiais teme o julgamento social em relação aos seus “problemas” e optam por continuar com uma rotina estressante e ativa, envolvendo atendimento, participação em operações e investigações conduzidas pelas corporações.

Em alguns estados já existem Centros de Atenção Psicossocial com atendimento voltado apenas para policiais, o que destaca o índice elevado de profissionais adoentados.

Porém, o que tem levado homens e mulheres a adoecerem dentro da corporação que protege vidas? É esta pergunta que tem machucado na hora da resposta. Mas diversas palavras surgem nas pesquisas feitas, a maioria embasadas em frustração, labilidade emocional, ansiedade (pela busca intensa) e etc. É importante destacar que os sérios policiais são agentes inspirados no cumprimento efetivo da lei, e quando isso não acontece surge um desgaste emocional após a aplicação de energia para planos de ação.

Um caso que até os dias atuais segue em estudo é o surto do Policial Militar Wesley Góes que, de Itacaré, pilotou até Salvador, antes de ser executado pelos membros do próprio órgão, depois de horas atirando pra cima. Wesley apresentava alta labilidade emocional, chegou a alternar realidade e ilusão nos discursos até atacar e ser eliminado.

Outro soldado, Douglas Vieira Silva, se suicidou em uma live na rede social. Na época, o fato despertou atenção para os fatores de risco psicológicos enfrentados pelos servidores da segurança pública.

Ao serem consultados pelo LN, psicólogos definem que além do cansaço, que é afagado com horas de sono, com a possível sobrecarga aliada a frustração e a exigência de plantões dobrados e triplicados, as dores invisíveis surgem, causando a necessidade de eliminação da má sensação. “O sujeito depressivo, não quer a morte, quer eliminar a dor causada pelos fatores que o exaustam”, define Karina Frost.

Na Bahia, ainda não existem Centros de referência para a comunidade policial, os profissionais devem usar serviços particulares ou públicos de civis comuns. Até 2023 foram 44 autoextermínios, 92% no meio masculino, entre 1-10 anos de serviço são 45% deste número e 66% são solteiros.

Em depoimento, um PM confessa que “o que mais dói são as cobranças aos policiais e a falta de investimento no cuidado a vida”, bem como aporte para defesa dos mesmos, que por atuarem em seus ofícios algumas vezes saem como réus ou são hostilizados em embates sociais.

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