Na manhã desta sexta (08), o ex-primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, foi morto a tiros durante um evento de campanha na cidade de Nara, Oeste do Japão. Segundo autoridades locais, um suspeito de ter sido o autor do ataque já está preso.
O ataque contra Abe ocorreu durante um comício para as eleições do Senado no próximo domingo (10), apesar das rígidas leis no país contra a posse de armas. Segundo o porta-voz do governo japonês, Hirokazu Matsuno, os tiros foram disparados pouco antes do meio-dia, no horário local, e “um homem, que se acredita ser o atirador, foi detido”.
Suspeito preso
Segundos depois do ocorrido, um homem de 40 anos foi detido por tentativa de assassinato e teve uma arma confiscada.
Imagens exibidas pelo canal NHK, mostram Abe de pé em um palco quando é possível ouvir um grande barulho e observar fumaça. Pouco depois, um homem foi imobilizado por agentes de segurança.
Ainda de acordo com a NHK, Abe foi levado inconsciente ao hospital e teve uma parada cardiorrespiratória – o que, no Japão, indica a ausência de sinais de vida e geralmente precede um atestado de óbito oficial.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, expressou tristeza e preocupação com o caso. Abe era tido como um aliado de Washington. “Este é um momento muito, muito triste”, declarou Blinken à imprensa durante a reunião do G20 em Bali.
Os principais líderes das instituições da UE (União Europeia) e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) afirmaram que estavam em “choque” com o ataque. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, classificou o ato como “abjeto”.