Daniel Alves está preso provisoriamente desde 20 de janeiro, investigado pelo estupro de uma mulher de 23 anos, em uma boate em Barcelona.
A investigação que segue em segredo de justiça, terá novos capítulos nesta semana centrados em três elementos:
Teste de DNA com os vestígios coletados no banheiro da Boat e no exame de corpo de delito da vítima;
Perícia dos vídeos do circuito interno para definir se os tênis brancos que aparecem são de Daniel Alves;
Oposição ao pedido de liberação do acusado, que a advogada de defesa da denunciante deve apresentar.
O exame de corpo de delito foi realizado ainda na madrugada do dia 31 de dezembro, horas depois da denunciante sair da Boat, o crime teria ocorrido na noite de 30 de dezembro de 2022. A rapidez no atendimento foi fruto do protocolo chamado “No Callem”, que abrange o treinamento de funcionários de casas noturnas, além de uma série de ações no atendimento às vítimas.
Na última semana, a defesa do jogador, que inclui o advogado criminalista Cristóbal Martell, apresentou um recurso oferecendo de tudo para que Daniel Alves fique em prisão domiciliar durante as investigações.
Martell defendeu o ídolo argentino quando o atleta foi acusado de fraude fiscal – o julgamento terminou com a ordem de que Messi pagasse uma multa ao Ministério Público espanhol. O advogado defendeu os interesses do Barcelona no “caso Neymar” e também já advogou para o ex-presidente do clube Josep Lluís Nuñez.
O jogador está preso na penitenciária de Brians 2. A decisão pela reclusão veio da juíza que cuida do caso quando o jogador prestou depoimento no Tribunal de Justiça da Catalunha.
Protocolo “No Callem”:
O protocolo, No Callem, foi criado pelo governo de Barcelona em 2018 para combater agressões sexuais e violências machistas em espaços de lazer da cidade, como discotecas e bares.
Cerca de 40 locais da capital catalã aderiram ao protocolo, que foi reativado no fim de 2022.